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Análise do Demonstrativo de Resultado

Análise do Demonstrativo de Resultado Pro Educacional

Análise do Demonstrativo de Resultado



Demonstrativo de resultados

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) mede o desempenho da empresa durante um período específico, por exemplo, um ano. A definição contábil de lucro é:

 

Receita - Despesas = Lucro

Equivalente à identidade da demonstração de resultados: Receitas - Despesas = Resultado.

 

Modelo do demonstrativo

A seguir, observe um modelo da demonstração do resultado de uma empresa:

 

Quadro - Demonstração do resultado.

(+) Faturamento da empresa

Receita Bruta

(-) Devoluções

(-) Descontos concedidos

(-) Impostos incidentes sobre a mercadoria (ISS, ICMS, PIS/COFINS)

Receita Líquida

(-) Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (inclui frete e seguros sobre compras de insumos)

Lucro Bruto

(-) Despesa com vendas

(-) Despesas administrativas gerais

(-) Pesquisa e desenvolvimento

(-) Outras despesas operacionais

(+) Outras receitas operacionais

Lucro Operacional

(-) Resultado de equivalência patrimonial

(-) Resultado não operacional

Lucro Antes dos Juros e dos Impostos (EBIT ou LAJIR)

(-) Despesas financeiras

(+) Receitas financeiras

Lucro Antes dos Impostos sobre o Lucro (LAIR)

(-) Impostos

Lucro Líquido

Fonte: Elaborado pelo autor.

 

Demonstração de resultados exemplificada e simplificada

A seguir é possível analisar a demonstração de resultados na prática, por meio de uma demonstração de resultados simplificada da Brasil S/A, em que:

  • os primeiros itens são a receita e as despesas das operações da empresa;
  • depois, no geral, há as despesas gerais e administrativas e as despesas de financiamento, como os juros pagos;
  • em seguida, há os impostos;
  • por último, há o lucro líquido (última linha).

 

Tabela - Demonstração de resultados da Brasil S/A.

Fonte: Retirada de Ross et al. (2015).

 

Adicionalmente:

  • os dividendos pagos pela empresa foram de $ 103;
  • o valor de $ 309 corresponde à diferença entre o lucro líquido e os dividendos.

 

Princípios para análise

Quando analisa uma demonstração de resultados, o analista deve considerar:

  • os princípios contábeis;
  • os itens não monetários;
  • o prazo e os custos.

 

Princípios contábeis geralmente aceitos

Em uma demonstração de resultado, a receita é reconhecida quando o processo de geração de lucro estiver virtualmente concluído e quando houver ocorrido uma troca de bens e serviços. Desse modo, de acordo com os princípios contábeis, a receita é mostrada quando ela ocorre, que não é necessariamente quando o dinheiro entra.

Conforme Ross et al. (2015): 'O princípio contábil que rege esse procedimento é o princípio da competência. Na prática, esse princípio, em geral, significa que a receita é reconhecida no momento da venda, que não precisa, necessariamente, ser o momento do recebimento no caixa'. Além disso, as despesas são confrontadas com as receitas e se baseiam no princípio da competência. Portanto, trata-se de determinar as receitas e posteriormente compará-las com os custos relacionados à sua produção. Por exemplo, se a empresa possuir uma plantação de árvores cujo valor houver dobrado, poderá elevar seu lucro no ano em que ele tenha sido pequeno, através da venda de algumas árvores. Ou seja, o lucro é apresentado quando obtido, embora o fluxo de caixa ainda não tenha necessariamente ocorrido (por exemplo, quando há venda de produtos a prazo, registra-se tanto a venda quanto o lucro correspondente).

Ross et al. (2015) afirmam que: 'Como resultado da maneira como as receitas e as despesas ocorrem, os números mostrados na demonstração de resultados podem ser totalmente diferentes dos fluxos reais de entrada e de saída de caixa que ocorreram durante determinado período'.

 

Itens não monetários

O valor econômico dos ativos está intimamente ligado aos seus fluxos incrementais de caixa futuro. Entretanto, os fluxos de caixas não aparecem na demonstração de resultados. Há vários itens não monetários que representam despesas vinculadas às receitas, mas que não afetam o fluxo de caixa. O mais importante é a depreciação.

 

Depreciação

A depreciação reflete uma estimativa de perda de valor de um bem em decorrência do uso, por exemplo, um equipamento perde valor quanto mais é utilizado no processo de produção.

Como outro exemplo, suponhamos que um ativo com vida útil de 5 anos e sem o valor de revenda seja adquirido por $ 1.000,00. De acordo com os contadores, o custo de $ 1.000,00 deverá ser lançado como despesa ao longo da vida útil do ativo. Se o método linear de depreciação for utilizado, haverá cinco parcelas iguais, incorrendo-se em despesa de depreciação de $ 200,00 a cada ano. Sob uma perspectiva financeira, o custo do ativo é o fluxo negativo de caixa efetivado quando o ativo é adquirido (ou seja, $ 1.000,00, e não a despesa contábil de depreciação de $ 200,00 distribuída uniformemente ao longo do tempo).

 

Prazos e custos

É importante considerar que o futuro apresenta dois componentes: o curto e o longo prazo. O curto prazo é o período durante o qual certos equipamentos, recursos e compromissos da empresa são fixos, o qual é suficientemente longo para que a empresa varie sua produção através do uso de mais mão de obra e matéria-prima.

 

Custos fixos

O curto prazo não é um período exato e idêntico para todos os setores. Entretanto, todas as empresas que tomam decisões no curto prazo têm alguns custos fixos, ou seja, custos que não variarão devido à existência de compromissos fixos. Na prática, alguns exemplos de custos fixos incluem juros de obrigações, despesas gerais e impostos prediais.

 

Custos variáveis

Os custos que não são fixos são variáveis. Os custos variáveis alteram-se com a produção da empresa; alguns exemplos incluem matéria-prima e salários de operários na linha de produção. Já no longo prazo, todos os custos são variáveis. Os contadores financeiros não distinguem custos variáveis de custos fixos. Nesse contexto, a contabilidade de custos geralmente separa os custos de produtos dos custos de períodos.

 

Custos de produtos

Os custos de produtos correspondem aos custos totais de produção durante determinado período - matéria-prima, mão de obra direta e custos gerais de produção - e são apresentados na demonstração de resultados como o custo dos produtos vendidos. Isso inclui tanto os custos variáveis quanto os fixos.

 

Custos de períodos

Já os custos de períodos são aqueles atribuídos a um certo período. São chamados de despesas gerais, administrativas e de venda. Um tipo de custo de período seria o salário do presidente da empresa.

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