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Conceitos Básicos do Mercado de Capitais

Conceitos Básicos do Mercado de Capitais

Conceitos Básicos do Mercado de Capitais


Mercado de Capitais

Securato e Securato (2013) conceituam o mercado de capitais como operações com valores mobiliários, isto é, ações, debêntures e commercial papers, de médio e longo prazos, que proporcionam às empresas emitentes desses papéis recursos financeiros para dar prosseguimento a seus projetos e investimentos. Em contrapartida, a empresa emissora compromete-se a praticar uma gestão que ofereça aos investidores transparência e liquidez, assim como a minimização dos riscos. Atuam nesse mercado as bolsas de valores, corretoras de valores e outras instituições financeiras autorizadas.

Quem fiscaliza as empresas que atuam no mercado de capitais é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ligada ao Ministério da Fazenda, com o objetivo de proteger os clientes que se interessam em participar dessas operações.

As negociações no mercado de capitais acontecem em dois momentos: no mercado primário e no mercado secundário. O mercado primário é onde há a primeira negociação do título. Quando esse título é revendido a um terceiro, passa a ser negociado no mercado secundário.

É no mercado primário que ocorre o fluxo de recursos dos investidores para as empresas. Para que a empresa possa emitir novos títulos é necessário o acompanhamento de instituições financeiras especializadas no lançamento de ações, chamadas de Underwriter. Essas instituições podem ser corretoras, distribuidoras ou até mesmo bancos. Quando a empresa lança novas ações ela determina anteriormente o preço de emissão, que é avaliado por um grupo de interesse limitado. Após a negociação e fase de proposta dos interessados, é estabelecido o preço de oferta inicial, que é destinado ao público. A primeira emissão de ações no mercado é chamada de Initial Public Offering (IPO). As subscrições posteriores realizadas por essa mesma empresa não serão denominadas IPO.

O mercado secundário é onde as ações são negociadas entre terceiros, ou seja, a empresa não participa do processo de venda da ação, e o recurso do comprador vai diretamente para o vendedor da ação. É nesse mercado onde o primeiro comprador revende a ação para outro investidor e assim por diante. Apesar de não representar uma transação direta entre a empresa e o investidor, esse mercado é necessário para o bom funcionamento do mercado de ações. O mercado secundário é responsável pela liquidez desse mercado, ou seja, é responsável pela facilidade de compra e venda de títulos. Se o mercado de ações for pouco líquido, o investidor terá menos interesse em comprar uma ação no mercado primário, pois isso significa “casar com a empresa”, ou seja, ele terá dificuldade de transformar uma ação em dinheiro, aumentando o risco do investimento. Assim, o mercado secundário possibilita maior facilidade de entrada e saída do mercado para o investidor.

 

Importância do mercado de capitais no mercado financeiro

mercado de capitais atua como mais um importante agente de desenvolvimento das empresas, juntamente com as instituições financeiras que emprestam seus recursos e o próprio governo, com seus recursos, subsídios e incentivos fiscais.

 

Exemplos de operações no mercado de capitais

Todas as empresas buscam maximizar o retorno a seus acionistas e serem reconhecidas pela entrega de um produto ou serviço de qualidade aos seus clientes. Esse objetivo também existe no mercado de capitais, pois o compromisso com os acionistas ou credores só se concretizará se a empresa crescer e se desenvolver. Os investidores, por sua vez, almejam o retorno do compromisso ou, pelo menos, das expectativas assumidas.

Com essas definições em mente, é possível listar alguns exemplos de operações do mercado de capitais:

  • ações;
  • opções de ações;
  • debêntures;
  • notas promissórias;
  • commercial papers; e
  • contratos futuros de opções e outros derivativos.

 

Ao negociar ações, por exemplo, compra-se e vende-se uma fração do capital da empresa de modo que o desempenho desse papel seja acompanhado. Já na opção de compra de ações é estabelecido um contrato no qual o comprador, ao final, pode escolher comprar ou não a ação ou ativo e, do outro lado, um vendedor (ou lançador), que possui a obrigação de vender o ativo ou ação pelas condições preestabelecidas. Essa transação inicia-se com o pagamento de um valor (prêmio) pelo comprador ao vendedor, que é obtido por este caso aquele opte por não exercer o direito de compra.

transparência e profissionalização na gestão empresarial é um legado do mercado de capitais, na medida em que as empresas que nele atuam são avaliadas em tempo real. Aspectos como lucros, vendas, sazonalidade e até imagem podem influenciar a percepção do investidor e interferir no preço das ações.

O conceito financeiro de capital é adotado pela maioria das entidades na preparação de suas demonstrações contábeis.

  • Conceito financeiro de capital: refere-se ao dinheiro investido ou ao poder de compra investido. O capital é sinônimo de ativo líquido ou patrimônio líquido da entidade.
  • Conceito físico de capital: o capital é considerado como a capacidade produtiva da entidade, que é baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária.

 

A seleção do conceito de capital apropriado para a entidade deve ser baseada nas necessidades dos usuários das demonstrações contábeis. Assim, o conceito financeiro de capital deve ser adotado se os usuários das demonstrações contábeis estiverem principalmente interessados na manutenção do capital nominal investido ou no poder de compra do capital investido. Entretanto, se a principal preocupação destes for com a capacidade operacional da entidade, o conceito físico de capital deve ser usado. O conceito escolhido indica a meta a ser atingida na determinação do lucro, embora possa haver dificuldades de mensuração, o que se torna difícil de se aplicar operacionalmente. 

 

Índice de referência aplicado a produtos de investimento

O índice de referência também é conhecido como benchmark.

Um produto de investimento terá o seu benchmark, que será o parâmetro de comparação para determinar sua rentabilidade. Exemplo: CDB que rende 105% do CDI.

Principais benchmarks:

  • Renda Fixa Juro: há o CDI e o SELIC.
  • Renda Fixa Inflação: IPCA e o IGP-M.
  • Renda Variável: principalmente o IBOVESPA e, em alguns casos, o IBrX 100.

 

Volatilidade

Volatilidade é uma medida de dispersão dos retornos de um ativo.

Quanto mais o preço de um ativo varia em um período curto, maior o risco de se ganhar ou perder dinheiro negociando este ativo; por isso, a volatilidade é uma medida de risco.

São medidas de volatilidade do preço:

  • O maior e o menor preço de uma ação em um determinado período;
  • O grau médio de variação das cotações de um determinado ativo em determinado período;
  • A variância, usada em estatística; e
  • O beta, ou seja, uma medida de volatilidade comparada (por exemplo, a volatilidade de uma ação em relação à volatilidade do índice Ibovespa como um todo).

 

Exemplo de ativos com menor volatilidade: CDB, títulos públicos e os imóveis.

Exemplo de ativos com maior volatilidade: ações e derivativos.

 

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