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Escolhendo Carteiras - Exemplo

Escolhendo Carteiras - Exemplo Pro Educacional

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A organização dos ativos em classes é um importante método para a alocação de ativos. As classes são utilizadas para representar as exposições ao risco sistemático, sendo que cada uma é criada a partir de certas especificações, de modo que contêm investimentos semelhantes. Cada classe apresenta o seu próprio risco sistemático quantificável, e a alocação estratégica considera esse risco de forma a alcançar o nível desejado de exposição. Em outras palavras, a alocação de ativos estratégicos reflete a exposição ao risco sistemático desejado pelo investidor.

De forma genérica, existem três categorias de classes de ativos:

  • Bens de capital, que fornecem uma fonte contínua de valor, por exemplo, dividendos;
  • Bens consumíveis ou transformáveis, que podem ser consumidos ou transformados em uma fonte de valor, por exemplo, commodities; e
  • Reservas de valor, que fornecem valor quando trocadas ou vendidas, por exemplo, as moedas (ou obras de arte).

 

Para efeitos de alocação de ativos, é necessário definir as suas respectivas classes. Com essa informação, investidores e gestores podem melhor distinguir entre classes de ativos ao desenvolver uma estratégia de investimento. Por exemplo, ao combinar ações de mercados internacionais e ações nacionais em um único ativo, cuja classe é classificada em ações, isso seria apropriado apenas do ponto de vista da descrição geral, mas suas características de retorno e risco são obviamente diferentes.

Os seguintes critérios podem ser utilizados para especificar as classes de ativos:

  • Ativos classificados em determinada classe devem ter atributos semelhantes do ponto de vista estatístico e descritivo;
  • Ativos não podem ser classificados em mais de uma classe. Caso seja possível alegar, de modo legítimo, que esses ativos podem ser colocados em mais de uma classe, significa que as suas descrições podem estar demasiadamente vagas;
  • Classes de ativos não devem ser altamente correlacionadas a fim de proporcionar a diversificação desejada, pois uma alta correlação entre classes indicaria retornos e riscos próximos, o que iria contra o objetivo dessa ferramenta, que é a diversificação;
  • As classes de ativos devem abranger todos os ativos possíveis. Esse fator aumenta não somente o conjunto de ativos possíveis de serem investidos, mas também eleva a fronteira eficiente, ou seja, aumentos esperados de retorno a todos os níveis de risco;
  • As classes de ativos devem conter uma porcentagem suficientemente grande de ativos líquidos. Se os custos de transação e liquidez forem significativos, há possibilidade de que a classe de ativos não seja ideal para o investimento, considerando que lhe falta liquidez.

 

Algumas das classes de ativos mais bem aceitas incluem títulos de dívida interna, renda fixa, dinheiro e equivalentes, assim como investimentos alternativos, que podem ser divididos em classes, como o imobiliário, capital privado etc. Um número muito grande de subdivisões na alocação do ativo total pode tornar difícil a construção de um portfólio ideal com base no nível de risco e retorno exigido de cada um.

As classes de ativos têm sido tradicionalmente utilizadas como unidades de análise no que se refere à tomada de decisões nos métodos de alocação de ativos. Por exemplo, o modelo de otimização de média variância incorpora as estimativas de retorno, volatilidade e correlação esperadas dentre as classes de ativos selecionados. No entanto, a utilização dessas classes pode ser problemática devido a fatores de risco de sobreposição entre as classes de ativos.

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