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Diferenças conceituais entre a Análise Técnica e a Análise Fundamentalista

Diferenças conceituais entre a Análise Técnica e a Análise Fundamentalista Pro Educacional

Diferenças conceituais entre a Análise Técnica e a Análise Fundamentalista

A forma e o momento em que se utiliza uma técnica de investimentos define o sucesso do investidor. Portanto, o analista deve saber as vantagens e desvantagens de cada técnica e o uso mais apropriado de cada uma delas. Principalmente, é preciso destacar que há duas principais escolas de análise de investimentos: 

  • Análise Fundamentalista
  • Análise Técnica

A análise fundamentalista é indicada para investimentos em ações com horizontes de tempo maiores que os adotados pela análise técnica, pois a escola fundamentalista observa a estrutura da empresa (fundamentos) e é mais adotada por bancos (credores de longo prazo), fundos de pensão e demais interessados no desempenho da empresa em períodos abrangentes: desempenho nos próximos semestres ou anos.

Já a análise técnica observa o histórico de preços, portanto, não é necessariamente adotada apenas para ações (como é o caso da fundamentalista). Assim, essa técnica pode ser aplicada aos demais ativos. Todavia, aplica-se a horizontes de curto prazo: dias e semanas.

É importante destacar que a análise fundamentalista se preocupa com o “porquê” do investimento no ativo, uma vez que avalia a qualidade do investimento realizado, como: capacidade de uma empresa honrar pagamentos, necessidade de caixa, capacidade de gerar lucro, entre outros fatores. Para isso, são observados e comparados os demonstrativos financeiros da empresa com os das demais empresas no mercado, os indicadores macroeconômicos e as expectativas de crescimento, assim, aumentando a confiabilidade do investimento realizado. Observe que ela não garante o investimento, mas reduz a insegurança ao buscar identificar o “real valor de uma empresa” chamado de valor intrínseco. A análise fundamentalista pressupõe que o valor de mercado da empresa (valor da empresa em ações) tende ao valor encontrado pela análise fundamentalista, mesmo que demore anos para isso.

Já a análise técnica não se preocupa com a qualidade do investimento realizado, mas sim com o momento do investimento. Portanto, ela ignora todos os demonstrativos financeiros e se preocupa com a identificação da melhor oportunidade para a venda ou compra.

É possível perceber que as duas escolas não se opõem, elas se complementam. Por exemplo, o investidor que busca longo prazo pode utilizar a análise fundamentalista para selecionar o ativo e a análise técnica para determinar o momento da compra. No entanto, essa análise em conjunto nem sempre é necessária, isso dependerá de:

Horizonte de tempo: operações de compra e venda em períodos curtos de tempo (dias, semanas ou minutos) não necessitam de uma análise fundamentalista apurada.

Ativo: a análise fundamentalista não pode ser aplicada a determinados ativos, como os derivativos de commodities agrícolas, enquanto a análise técnica pode ser aplicada. E mesmo que seja uma ação, uma empresa em situação financeira ruim ainda pode oferecer ganhos em relação a oscilação de preços.

Informações disponíveis: as informações utilizadas pela análise fundamentalista são disponibilizadas em intervalos longos de tempo (como demonstrações trimestrais). Enquanto os preços das ações e volumes são disponibilizados automaticamente.

As diferenças entre as duas abordagens vão além disso. O objetivo de um investimento baseado na análise técnica difere do objetivo de um investimento baseado na análise fundamentalista. Normalmente, aquele que investe baseado na análise fundamentalista busca ganhos com as diferenças entre o valor atribuído à empresa pelo mercado e o valor real dela. Enquanto o investimento baseado na análise técnica busca ganhos com o diferencial entre o preço pago e o preço vendido. Assim, a análise fundamentalista é mais indicada ao investidor que busca o mercado de capitais como forma de “poupança” já a análise técnica é mais indicada ao investidor que busca ganhos especulativos no mercado (ganhos com as oscilações de preços).

Apesar das diferenças conceituais e de aplicação, ambas abordagens se defrontam com o mesmo problema: maximizar os ganhos nos investimentos no mercado de capitais e minimizar as perdas neles.

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