Já parou para pensar em investir na carreira de Private Banker? Mais do que nunca, é a hora e a vez dos profissionais certificados. Isso significa que quanto maior for o seu conhecimento sobre ativos financeiros, melhores as suas chances de se desenvolver.
Assim sendo, o private banking está no topo das segmentações para os clientes no mercado financeiro. Ou seja, é voltado a quem tem grandes patrimônios. Quanto maior é o volume de investimentos, mais completo e especializado tendem a ser os serviços oferecidos por bancos e outras instituições financeiras.
Preparamos este guia completo para que você possa entender melhor sobre a profissão. O que faz este profissional, quais são as segmentações e os diferenciais de cada uma, que certificação buscar, além de dicas para ter sucesso. Quer seguir carreira na área? Continue a leitura!
Private banker, o que faz?
Quando falamos em bancos ou qualquer outra instituição financeira, o primeiro pensamento que vem é o de um lugar onde as pessoas deixam o seu dinheiro. Simples assim! Na prática, quando se trata de private banking podemos ir um pouco além, já que os clientes podem ser segmentados de acordo com seu poder aquisitivo (patrimônio).
Quem tem patrimônio maior, tem acesso a benefícios melhores. É neste cenário que entra a figura do private banker. Ele é o profissional responsável por oferecer serviços diferenciados e facilidades para clientes com capital — geralmente superior a R$ 1.000.000. Esses clientes premium com alto patrimônio líquido são conhecidos como High Net Worth Individuals (HNWs).
Os serviços também incluem consultoria e gestão de finanças pessoais (dia a dia), assessoria de investimentos, além de:
- Planejamento fiscal para minimizar o pagamento de impostos;
- Soluções de crédito a fim de otimizar a liquidez do patrimônio;
- Planejamento sucessório (no caso de empresas familiares — herança);
- Gestão de ativos em bancos no exterior;
- Planejamento patrimonial;
- Operações bancárias cotidianas;
- Aposentadoria.
Responsabilidades
Seu objetivo é reter a conta de todos os clientes mais relevantes para a empresa. Afinal, são eles que consomem mais serviços e geram maior receita para as instituições financeiras. Sem contar que também deixam um valor mais alto na conta-corrente. O foco é em um relacionamento mais personalizado, por exemplo:
- Empresários: cuidados com taxas, impostos, investimentos e empréstimos;
- Famílias: assistência para gerir ativos, como propriedades, investimentos em empresas e assuntos relacionados a herança.
Por envolver decisões estratégicas e financeiras, os profissionais de private banking devem ser altamente qualificados e experientes para administrar o portfólio de seus clientes. Também é importante ressaltar que a demanda pela área tem aumentado desde que os retornos com a renda fixa diminuíram por conta dos juros mais baixos.
Investimentos em renda variável, por sua vez, exigem um conhecimento de mercado maior para atingir a rentabilidade que se deseja e minimizar os riscos. Portanto, o perfil de um banker deve incluir ainda capacidade analítica, poder de persuasão e bom relacionamento.
Personalização
Enfim, por conta do atendimento altamente personalizado, podemos dizer que o banker vai além da gestão de produtos e serviços financeiros. Com o apoio de analistas e economistas, esse gestor desempenha uma função próxima do aconselhamento por meio de recomendações para cada perfil de cliente.
Algumas instituições, inclusive, oferecem atendimento domiciliar, na própria empresa de seus clientes ou até mesmo em outras cidades (quando é o caso). A fim de manter a qualidade e a exclusividade, cada gerente costuma ter de 50 a 150 clientes em sua carteira.
Em uma analogia bem simples, podemos comparar o atendimento do private bank a um jantar em um restaurante cinco estrelas, por exemplo. O cliente recebe um serviço melhor pelos recursos investidos — taxas menores, acesso a fundos de investimentos exclusivos e com maior rentabilidade, juros mais acessíveis para financiamentos e empréstimos.
Como são as segmentações bancárias para investimentos?
Para entender de uma forma ainda mais detalhada, é importante avaliar como funcionam as segmentações bancárias para investimentos. Em vias de regra, bancos e instituições financeiras classificam seus clientes em três grupos, de acordo com renda mensal e patrimônio.
Varejo
Na base da pirâmide, entram clientes com renda inferior a R$ 8 mil e volume de investimentos menor que R$ 100 mil. Os valores podem variar de banco para banco, mas a média é essa.
O atendimento é nas agências comuns, que conhecemos. Você vai até uma delas, pega uma senha e aguarda a chamada. Não há um gerente de conta, exceto em algumas instituições que criaram subdivisões, como o Itaú Uniclass, por exemplo.
No varejo, o foco do atendimento não leva em conta as necessidades de cada cliente. Ou seja, não é personalizado. O ponto principal é oferecer os produtos financeiros disponíveis.
Alta Renda
No meio da pirâmide, estão os clientes com renda superior a R$ 8 mil e patrimônio superior a R$ 100 mil. Lembrando que os valores são apenas uma base.
O atendimento já muda aqui e é feito em agências diferenciadas por meio de agendamento, com gerentes de conta mais dedicados. Por ter um volume menor de clientes, as filas costumam ser menores. Sem contar a possibilidade de agendar que mencionamos.
Na alta renda, o foco envolve mais o relacionamento, com a oferta de soluções financeiras mais adequadas para o momento de vida de cada cliente (perfil e necessidades). Algumas vezes, os gerentes oferecem taxas de administração menores, entre outros benefícios.
Private Banking
No topo da pirâmide, está o segmento que apresentamos neste guia. É o que compreende um patrimônio líquido de, pelo menos, R$ 1 milhão. Alguns chegam a exigir R$ 3 milhões, por isso, vai depender de cada instituição financeira.
Com um atendimento altamente personalizado e com um profissional dedicado, os clientes são atendidos com horários agendados. Pode ser em sua casa, no escritório ou até mesmo em outra cidade. O benefício, inclusive, é estendido para a família — filhos e esposa.
No private banking, o foco tem como base um serviço de consultoria, que vai além da oferta de ativos financeiros. Envolve gestão de investimentos, tributação e planejamento sucessório.
Que certificação financeira buscar?
Antes de mergulhar nos preparos para se tornar um profissional na área, vamos mostrar alguns números interessantes, como um incentivo a mais.
Segundo dados coletados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o segmento de private banking cresceu 20,9% em 2019, totalizando R$ 1,3 trilhão sem considerar os recursos destinados à previdência e R$ 3,3 trilhões ao incluir. O principal destaque ficou por conta dos investimentos em ações, fundos de ações e fundos imobiliários, levando em conta o atual momento da economia.
Certificação CFP
Pois bem, chegamos à parte mais importante deste guia. Se você quer investir na carreira de private banker, você vai precisar de uma das certificações financeiras mais renomadas do mercado, além de uma sólida formação universitária.
Com reconhecimento em 26 países, a certificação CFP é um diferencial para quem atua na área de planejamento financeiro no Brasil ou fora. Além de ser credencial obrigatória para quem quer investir no segmento de private banking e construir uma visão holística de seus clientes. Ou até mesmo trabalhar em forma de consultoria.
A sigla em inglês remete a Certified Financial Planner, ou Planejador Financeiro Pessoal. Graças ao reconhecimento internacional, a CFP tem ampla aceitação. Ela é aplicada pela Planejar — Associação Brasileira de Planejadores Financeiros — e comprova a qualidade técnica e o conhecimento do profissional para atuar nesse segmento privilegiado.
Como ter sucesso como private banker?
Assim como outros profissionais do mercado financeiro, o private banker deve se reinventar o tempo todo e acompanhar todas as movimentações ao seu redor. Por meio da análise de dados, ele poderá reconhecer padrões, entender os diferentes tipos de perfis, prever as necessidades de seus clientes e recomendar os melhores ativos disponíveis.
Por isso, entre as principais características para ter sucesso na área, a disponibilidade em tempo integral se destaca para ajudar na tomada de decisões. Uma trilha bem-sucedida inclui também:
- Proatividade, dedicação e resiliência;
- Conhecimento técnico e certificação;
- Experiência no mercado e domínio do inglês;
- Ambição para melhorar profissionalmente e crescer.
Sem contar o conhecimento profundo do portfólio de cada cliente — desde aquele que está começando a investir até os mais experientes — em sua carteira para manter o relacionamento em níveis elevados de confiança.
Enfim, o private banker assume um papel importante em sua área de atuação, como planejador financeiro. Vale destacar que o conhecimento profundo do mercado, atestado pela certificação CFP, coloca o profissional em uma posição estratégica para recomendações e participação em processos decisórios. Ao entender como o cliente é hoje e como será no futuro, você conseguirá construir um relacionamento duradouro e próximo. Isso é fundamental para o sucesso da sua carteira de clientes, bem como para o seu próprio triunfo profissional.
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