Princípios do Sistema Financeiro Nacional

Progresso das Aulas

 

O Sistema Financeiro serve para estruturar as relações econômicas que envolvem recursos e/ou dinheiro; por exemplo, desde a compra de um automóvel por uma pessoa física até a aquisição de uma máquina por uma empresa. De modo geral, é a transação de recursos entre poupadores (que podem ser indivíduos ou empresas) e investidores por meio do mercado financeiro, por instituições que promovem a intermediação financeira.  

Segundo a lei maior brasileira, isto é, a Constituição Federal, o Sistema Financeiro Nacional irá promover o desenvolvimento equilibrado o país e servir aos interesses da coletividade (art.192).

No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por três tipos de instituições (ou agentes): normativas, supervisoras e operadoras. São exemplos de instituições normativas: o Conselho Monetário Nacional (CMN); de instituições supervisoras:  o Banco Central do Brasil (BACEN, BCB ou BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e de instituições operadoras: os bancos e caixas econômicas.

De modo resumido, pois você verá com mais profundidade nos próximos tópicos, as instituições normativas são responsáveis por desenvolverem normas para o bom funcionamento das instituições financeiras; as instituições supervisoras são responsáveis pela fiscalização das instituições financeiras no que concerne ao cumprimento das normas editadas pelas instituições normativas; enquanto as entidades operadoras são responsáveis pela oferta de produtos financeiros, exercendo o papel de intermediárias financeiras.

 

As instituições normativas desenvolvem mecanismos (normas) a fim de sistematizar o funcionamento das demais instituições financeiras públicas e privadas que servem como intermediárias de captação, distribuição e transferências de recursos financeiros de toda a sociedade, com o objetivo de garantir que a transmissão de recursos entre quem os possui em excesso (agentes superavitários, em geral são os investidores ou credores) seja equilibrada em relação a quem necessita desses recursos — são os agentes deficitários, também chamados de tomadores ou devedores,  (ASSAF NETO, 2014).

As decisões das instituições normativas e reguladoras impactam a economia e, consequentemente, toda a sociedade. Além disso, o SFN possui o papel de harmonizar os interesses, de modo que necessidades individuais não se sobreponham às demandas coletivas.

Resumindo, os objetivos do SFN são:

  • Promover a intermediação financeira;
  • Promover o desenvolvimento equilibrado;
  • Servir aos interesses da coletividade.

A Figura a seguir foi retirada do site do BACEN e apresenta a composição do SFN brasileiro.

 

Figura Composição e segmentos do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

 Fonte: Retirada do site do Banco Central do Brasil (s.d.).

 

Na figura anterior é possível observar as instituições que fazem parte do SFN, bem como a divisão, hierarquia e papel de cada uma das instituições. Estudaremos essas instituições e seus papéis ao longo dos próximos tópicos, o que nos dará uma melhor compreensão desses órgãos, instituições e seus papeis, para posteriormente, verificarmos a legislação vigente.

A Figura a seguir apresenta uma visão geral do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

 

Figura – Visão geral do Sistema Financeiro Nacional.

Observações:

1 – Dependendo de suas atividades, corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM;
2 – As instituições de pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, conforme diretrizes estabelecidas pelo CMN.

Legenda:

  • 1° nível: instituições normativas;
  • 2° nível: instituições supervisoras;
  • 3°/4° níveis: demais instituições operadoras.

Fonte: Elaborada pelo autor.

 

 

Referências da aula

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. São Paulo: Atlas, 2014.

BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN). Composição e Segmentos do Sistema Financeiro Nacional. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/composicao.asp?frame=1>. Acesso em: 20 de abr. de 2020.

BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN). Sistema Financeiro Nacional. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn>. Acesso em: 13 de fev. de 2020.


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Doutor em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Economia Aplicada (quantitativa) pela UFPEL. É economista, especializado em Finanças pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atuou como Agente Autônomo de Investimentos (ANCORD), Analista e Controller. Pesquisador com publicações científicas internacionais sobre efeitos spillover e herd behavior no mercado de capitais. Autor de 7 livros.

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