Core-Satellite

Core-Satellite (ou núcleo-satélite) é um exemplo de estratégia de investimento semiativa. A estratégia consiste em montar o núcleo da carteira (Core) com investimentos passivos que buscam minimizar o tracking error e alocar uma menor proporção do investimento em posições ativas (Satellite). Trata-se de uma abordagem de investimento que combina os benefícios dos fundos de índice, sejam eles, menor custo, diversificação mais ampla e menor volatilidade, com fundos gerenciados ativamente ou outros investimentos diretos que oferecem potencial de desempenho superior.

O core (ou núcleo) do investimento é composto de títulos administrados passivamente (por exemplo, fundo de investimento e ETFs) e é focada no longo prazo. O nível de detalhamento do core pode ser maior ou menor de acordo com a preferência pessoal do investidor e com o tamanho do seu patrimônio (quanto menor o patrimônio, mais vantajoso é simplificar, pois isso implicará em redução de custos).

Já os investimentos Satellite são aqueles que visam aproveitar oportunidades de mercado. Em geral são investimentos mais focados e não tão amplos e diversificados como aqueles que compõem o core. As oportunidades de maiores retornos visadas pelos investimentos Satélites podem tanto ser em um país que esteja passando por um bom desempenho em termos econômicos, quanto em um setor específico da economia, ou mesmo na ação de uma única empresa que esteja com boas perspectivas futuras de crescimento. Ou seja, é um tipo de abordagem que depende das condições do mercado, das perspectivas futuras de empresas e setores e das oportunidades que o investidor identificar.

Além disso, a estratégia núcleo-satélite permite adequar o portfólio à aversão ao risco do cliente. Isto é, a alocação dos investimentos no núcleo e no satélite vai depender do quanto passivo e conservador for o estilo do investidor. Quanto mais avesso ao risco for o investidor, maior deve ser a alocação Core. Por outro lado, se o investidor for mais ativo, que se aprofunda nas pesquisas e esteja disposto a correr mais riscos, pode investir apenas uma pequena parcela como core e a maior parte como Satellite.


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Doutor em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestre em Economia Aplicada (quantitativa) pela UFPEL. É economista, especializado em Finanças pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atuou como Agente Autônomo de Investimentos (ANCORD), Analista e Controller. Pesquisador com publicações científicas internacionais sobre efeitos spillover e herd behavior no mercado de capitais. Autor de 7 livros.

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