Se você está de olho na certificação CNPI, já conhece ou ao menos ouviu falar em análise técnica e fundamentalista, certo? As duas metodologias são essenciais para os profissionais que atuam no mercado financeiro, em especial na Bolsa de Valores. Isso porque ambas ajudam na tomada de decisão e no planejamento de estratégias.
De modo geral, a análise fundamentalista tem como base os fundamentos de uma empresa. Isto é, o desempenho tanto financeiro como operacional ao longo do tempo. Já a análise técnica leva em conta padrões gráficos a fim de entender o comportamento dos preços.
Ambos têm o mesmo objetivo, prever tendências a fim de desenhar uma estratégia focada na melhor rentabilidade dos investimentos e nos menores riscos. Neste post, vamos ver melhor como cada uma delas funciona, além de suas particularidades e diferenças. Acompanhe!
Como é a análise fundamentalista?
Para ser um analista fundamentalista, você precisa passar no exame da certificação CNPI, que engloba o Conteúdo Brasileiro (CB) e o Conteúdo Global (CG1). Ao se tornar um profissional certificado, você terá a qualificação necessária para avaliar o histórico das indústrias ou da economia a fim de identificar quais ações estão com preços elevados e valores mais baixos.
A análise fundamentalista é mais conservadora. Isto é, não vai na onda do mercado. Ela mergulha nos demonstrativos financeiros das empresas, faz pesquisas, avalia as opções de forma quantitativa (números e cálculos) e utiliza indicadores de médio a longo prazo. Entre os principais índices, podemos citar como exemplo:
- Receitas Líquidas;
- Lucro por Ação (LPA);
- Relação Preço / Lucro (P/L);
- Margem de Lucro;
- Valor Patrimonial da Ação (VPA);
- Retorno sobre o Patrimônio (ROE);
- EBIT (Lucro antes de impostos e outras despesas).
Esses indicadores ajudam a avaliar os ganhos da empresa e comparar o impacto em diferentes vertentes do negócio. Assim, todas as decisões e estratégias levam em conta ativos financeiros de longo prazo. Em tese, quanto melhor os resultados, maior tende a ser o potencial de investimento.
Então, a análise fundamentalista estuda os fundamentos das empresas — fatores micro e macroeconômicos — com o intuito de projetar os resultados no longo prazo. A modalidade avalia ações com potencial de valorização, além de determinar o preço justo para as ações da instituição. Em geral, o período pode variar de cinco a dez anos.
Como a análise técnica é aplicada?
Já para se tornar um analista técnico, vale a mesma certificação. O que muda é o tema, que mantém o Conteúdo Brasileiro (CB) e acrescenta o Conteúdo Técnico (CT1). Como profissional certificado, você terá conhecimento para avaliar padrões gráficos e determinar boas oportunidades de investimentos, bem como os riscos envolvidos.
A análise técnica — também chamada de análise gráfica — é mais dinâmica. Afinal de contas, a metodologia se concentra no comportamento dos preços das ações a partir da leitura de gráficos. Ela usa estatísticas, reconhece padrões passados para determinar movimentos futuros e utiliza indicadores de curto prazo. Entre os principais índices, podemos listar:
- Padrões de preço;
- Tendências de mercado;
- Operações com alto grau de risco;
- Operações de curtíssimo a médio prazo;
- Ponto de entrada;
- Especulação;
- Commodities, índices futuros, etc.
Esses indicadores ajudam a avaliar o melhor momento para comprar ou vender ativos financeiros. Assim, todas as decisões tomadas e estratégias traçadas levam em consideração o tipo de aplicação e o perfil do cliente ativos, com foco no curto prazo. Em via de regra, é amplamente utilizada pelos day traders.
Desse modo, a análise técnica faz a leitura de padrões gráficos para definir sobre a compra e venda de ativos financeiros no curto prazo. De acordo com os grafistas, historicamente os movimentos tendem a se repetir. Vale destacar que o desempenho das empresas não entra na avaliação, como acontece na análise fundamentalista. Em geral, o período pode variar de um minuto a um ano, no máximo.
Quais as diferenças entre análise técnica e fundamentalista?
Podemos dizer que a maior diferença entre a análise técnica e fundamentalista é o prazo. Enquanto a primeira busca respostas no curto prazo (agilidade), a segunda precisa pensar, avaliar o contexto, reavaliar os impactos e somente depois tomar uma decisão (convicção). Para ficar ainda mais claro, vamos recapitular as características de cada resumidamente.
DIFERENÇAS | ANÁLISE FUNDAMENTALISTA | ANÁLISE TÉCNICA |
Foco | Compra de ativos com foco no desempenho das empresas | Compra de ações para venda no curto prazo por meio de padrões gráficos |
Metodologia | Avalia a saúde financeira da empresa e o contexto econômico | Avalia indicadores relacionados ao comportamento dos preços |
Tempo | Longo prazo, pode manter a ação por anos na carteira | Curto prazo, pode manter a ação por 1 minuto a 1 ano, no máximo |
Portanto, a análise fundamentalista estuda os aspectos financeiros e econômicos de olho no longo prazo. A análise técnica, por sua vez, leva em conta as movimentações de preços com base em padrões gráficos para decisões no curto prazo. Ambas buscam identificar tendências a fim de conseguir a melhor rentabilidade, cada uma à sua maneira.
Análise técnica e fundamentalista: qual é a melhor?
Chegamos até a pergunta que não quer calar. Afinal, entre a análise técnica e fundamentalista qual é o melhor modelo a seguir? A resposta parece simples, mas pode ser tão difícil quanto escolher entre praia ou montanha, doce ou salgado, frio ou calor e por aí vai.
O analista fundamentalista precisa de um grande volume de dados a fim de gerar recomendações, o que pode gerar divergências entre os profissionais. Nem sempre todos têm acesso às mesmas informações. Já o analista técnico usa elementos lógicos e, por isso, pode chegar a um consenso com mais facilidade.
Por mirar no longo prazo, a análise fundamentalista tende a ser mais assertiva, enquanto a análise técnica pode gerar perdas significativas se houver qualquer erro de interpretação.
De modo geral, podemos dizer que a análise fundamentalista é a metodologia ideal para investimentos com boa rentabilidade no médio a longo prazo. Isto é, formação de patrimônio, poupança ou previdência complementar. A análise técnica já é mais indicada para operações de trading no curto prazo (day trade).
O fato de serem diferentes não anula a possibilidade de combinar a análise técnica e fundamentalista de forma complementar. Inclusive, muitas corretoras de valores e bancos contam com os dois profissionais atuando em conjunto. Os analistas fundamentalistas podem usar a análise gráfica para identificar o melhor momento de compra de um ativo subvalorizado. E os analistas técnicos podem incluir os fundamentos para trazer mais força à sua estratégia.
Enquanto você escolhe que metodologia seguir em sua carreira no mercado financeiro, aprenda mais sobre a certificação CNPI. Faça o download do e-book e invista no seu conhecimento!
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