Lançado em 1990, o Plano Collor foi um planejamento econômico realizado durante a presidência de Fernando Collor de Mello, cujo objetivo era controlar a hiperinflação que assolava o país na época. O plano na verdade se chamava Plano Brasil Novo. Mas como ele ficou associado à imagem do Collor, passou a se chamar Plano Collor.
Vários outros planos destinados a controlar a inflação foram criados nas décadas de 1980 e 1990. No entanto, o Plano Collor marcou a história brasileira ao bloquear as contas de poupança e aplicações financeiras que tinham a remuneração atreladas à taxa overnight.
- O que foi o Plano Collor I?
O Plano Collor (também chamado de Plano Collor I) buscava estabilizar a inflação por meio do congelamento do passivo público. Além disso, ele restringia o fluxo de dinheiro para parar a inflação inercial, à qual está relacionada à "memória inflacionária".
A desmonetização da economia de forma rápida e descontrolada é tida como a causa das falhas dos planos econômicos anteriores. Sendo assim, o governo Collor teria que fazer a desmonetização de forma lenta e ordenada. No entanto, poucos meses após o Plano Collor ser posto em prática, a inflação continuou a crescer.
O congelamento proposto resultou em uma grande redução do comércio e na produção industrial. Com a diminuição na geração de dinheiro de 30% para 9% do PIB, foi retirado 80% da moeda em circulação. Desse modo, a inflação caiu de 81% em março para 9% em junho.
Entretanto, no fim das contas, o Plano Collor I não conseguiu segurar a inflação. O argumento para a falha foi que o governo abriu muitas brechas que ajudaram a elevar o fluxo de dinheiro.
Assim, foi criado o Plano Collor II, que teve início no mês de janeiro de 1991. Ele envolveu novos congelamento de preços. Houve também a substituição das taxas overnight com novas ferramentas fiscais. Entretanto novamente o plano fracassou e a inflação voltou a subir em maio de 1991.
Vale destacar que os cinco primeiros planos econômicos (Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor I e Plano Collor II eram considerados heterodoxos e tinham congelamento de preços. Apenas o Plano Real, ortodoxo e baseado em uma âncora cambial, conseguiu resolver o problema da inflação brasileira.
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