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Carteira estratégica: Essa é a mais simples das formas de alocação de ativos e, por isso, uma das mais utilizadas. O planejamento é definido considerando o histórico de rentabilidade. Suponha que, historicamente, um investidor costume ter retorno médio de 30% em renda variável e 10% em renda fixa. Caso ele monte uma carteira dividindo renda fixa e variável na mesma proporção, terá rentabilidade média de 20% no longo prazo. Essa estratégia é estática, e o seu objetivo é sempre o longo prazo. Logo, não é feito o rebalanceamento da carteira. Isso significa que, mesmo que determinado ativo se desvalorize e passe a representar uma proporção menor do portfólio, não há realocação entre as modalidades.
Carteira tática: A alocação tática é um formato mais flexível do que as duas estratégias anteriores. Isso porque, mesmo tendo foco no longo prazo, ela permite que sejam incluídas estratégias para o curto prazo sempre que o investidor perceba alguma nova oportunidade interessante. Essa estratégia exige mais acompanhamento do mercado, para que os novos investimentos sejam feitos no timing ideal. Ou seja, para que traga o resultado esperado, é preciso ficar atento constantemente na conjuntura econômica, a fim de definir o momento certo de compra ou venda dos ativos.
Reamostragem no modelo de otimização de média variância
Essa abordagem ajuda a reduzir alguns dos problemas do modelo de otimização de média variância. As formas como poderíamos colocá-lo em prática e de modo estratégico:
- Reamostragem: processo que se inicia com um modelo de média variância básico, o qual utiliza as melhores estimativas dos retornos esperados, os desvios-padrões e as correlações, de forma a gerar a fronteira eficiente associada às alocações de ativos para cada ponto na fronteira;
- Em seguida, utilize uma simulação de Monte Carlo, que é utilizada para gerar milhares de variações aleatórias para as entradas em torno das estimativas iniciais, resultando na fronteira eficiente e associada às alocações de ativos para cada ponto na fronteira;
- A fronteira de eficiência resultante da reamostragem é uma média de todas as fronteiras eficientes simuladas, sendo que a alocação de ativos para qualquer ponto na fronteira eficiente reamostrada é uma média das carteiras possíveis para esse ponto na fronteira.
De modo a redimir o problema de não assimetria e curtose, é possível utilizar distribuições não-normais em nossas simulações. A terceira crítica referente ao modelo de otimização de média variância, que ignora a assimetria e curtose nos retornos dos ativos, pode ser abordada por várias extensões de modelo. É possível, por exemplo, incorporar diretamente a assimetria, curtose ou ambas para a função de utilidade, ou utilizar uma definição assimétrica de risco, tais como condicionais, Value at Risk (VaR), ao invés de variância.