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Linhas de Tendência e Canais

Linhas de Tendência e Canais

Linhas de Tendência e Canais


As linhas de tendência são linhas traçadas de modo que os fundos de uma tendência de alta sejam ligados aos topos de uma tendência de baixa. Ela permite identificar onde se encontram os fundos/topos do ativo e, assim, apontar o melhor momento para entrar ou sair do mercado. 

Para se criar uma linha de tendência, é preciso primeiramente constatar a existência da tendência em si. Nesse contexto, na tendência de alta, a função é identificar pelo menos dois topos (com o segundo maior que o primeiro) com dois fundos (sendo o segundo fundo mais alto que o primeiro). Observe que a tendência é apresentada por uma linha laranja A e demonstra claramente as características citadas, enquanto a linha B não apresenta a sequência de fundos/topos seguidos. Apesar disso, ambas representam momentos de alta:

 

Figura - Tendência de alta.

Fonte: Elaborada pelo autor a partir de TradingView (2017).

 

De forma análoga, para traçar uma linha de tendência de queda é preciso identificar com clareza a sequência em que há dois fundos seguidos, de modo que o segundo fundo seja mais baixo que o primeiro e haja dois topos seguidos, sendo o segundo topo mais baixo que o primeiro.

Já os canais são as linhas traçadas paralelamente às linhas de tendência. Por exemplo, no caso da tendência de alta, será a linha que liga os topos da tendência. Essa linha pode ser observada no ponto A da figura apresentada anteriormente.

Para traçar uma linha de canal para uma alta é preciso, primeiramente, traçar a linha de tendência e, após isso, ligar os topos dessa tendência com uma linha que se inicie no primeiro topo. Esse canal é confirmado se, no próximo topo, os preços “esbarrarem” na linha e se retraírem.

Analogamente, para uma tendência de baixa, o canal ligará os fundos e formará uma linha paralela à da tendência. A principal utilidade do canal é identificar o momento de entrada e saída do papel. Em uma tendência de alta, por exemplo, o investidor deverá comprar o ativo quando o preço estiver próximo da linha de tendência e vendê-lo quando estiver próximo da linha do canal.

O mais comum é que o mercado apresente tendências claras e, todavia, canais menos claros. Será considerado um canal de alta quando a estrutura se assemelhar a:

 

Figura - Canal de alta.

Fonte: Elaborada pelo autor.

 

A figura anterior demonstra um canal de alta, o que corresponde a configuração de uma linha de tendência e uma linha de canal. Inversamente, o canal de baixa é formado pela tendência de baixa e uma linha de canal correspondente a ela. É importante destacar também que quanto maior é o prazo da análise maior é a quantidade de topos e fundos que deverão existir para dar força à tendência observada.


Pullback
(recuo)

O pullback é uma pausa curta na tendência principal de alta (ou uma reversão breve nesta) nos preços de um ativo. Às vezes, os pullbacks podem ser facilmente confundidos com reversões ou consolidações. De qualquer modo, um pullback é constituído por poucos candles; se ele for mais longo, antes da tendência de alta continuar, já constitui uma consolidação. Já se a tendência muda totalmente (para tendência bearish), o pullback é, de fato, uma reversão.

O pullback é útil para aqueles traders que pretendem abrir uma posição quando os demais indicadores técnicos permanecem bullish.

Veja, no seguinte gráfico, que dentro da tendência de alta há vários pullbacks:

 

Figura - Exemplo de pullbacks.

Fonte: TradingView (2019).

 

O oposto de pullback é throwback, que, neste caso, aplica-se às tendências de baixa.

 

Faixas de negociação

No espectro das linhas de tendência e de canal, há um conceito equivalente denominado faixas de negociação. Como é visível no gráfico seguinte, as faixas são áreas em que o preço foi respeitado mais de uma vez, gerando suporte ou resistência.

 

Figura - Faixas de negociação.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de TradingView (2019).

 

A repetitividade da “defesa” do preço é um fator importante na definição clara de uma faixa de negociação. Uma vez identificada, o analista pode preparar, com antecedência, ordens de compra ou venda assim que o preço alcançar a faixa. Como é possível identificar, a “quebra” de uma faixa, confirmada por algum sinal, como um candle de força (vide a “ruptura” da terceira faixa de negociação, aproximadamente em 18 de setembro), oferece um sinal do começo de uma tendência de alta (ou de baixa) ou de uma nova faixa de negociação, como o gráfico mostra.

Em resumo:

  • Uma faixa de negociação ocorre quando um ativo é negociado entre preços altos e baixos, consistentes, por um período;
  • A estratégia de desvanecimento (fading strategy) implica na colocação de negociações contra a tendência predominante para lucrar com uma reversão; dessa forma, testam suporte e resistência;
  • As faixas de negociação ocorrem no espaço entre o suporte e a resistência, pois os traders pretendem comprar no suporte e vender na resistência, por isso ambos os níveis tendem a se manter;
  • Nas faixas de negociação, suporte e resistência tendem a ser mantidos;
  • As faixas de negociação tendem a se contrair à medida que o mercado busca áreas em que a pressão de venda é suficiente para interromper os adiantamentos de preços ou quando a compra impede a queda;
  • Em uma faixa de negociação, um ativo será negociado para trás e para frente pelo mesmo preço várias vezes.
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